Canários de cor...
04-12-2010 23:38
O canário silvestre é verde raiado de preto ou castanho. As penas da cabeça, dorso e lados têm nervuras escuras. As penas das asas e cauda são escuras. Estas cores provêm de duas substâncias corantes chamadas melaninas.
As de tons pretos são eumelaninas.
As de tons castanhos são phaeomelaninas.
Comparando com o pássaro domesticado, o canário silvestre tem igualmente riscas ao longo do corpo, pretas acinzentadas e acastanhadas.
Nos canários silvestres é mais evidente a diferença entre sexos. As cores são definidas por dois grupos:
Cores lipocrómicas
Cores melanicas
As lipocrómicas provêem dos carotenóides das plantas verdes. As aves absorvem estas substâncias na alimentação e o organismo transforma-as em cores lipocrómicas, transportadas pelo sangue até às penas. Somente se verifica durante a muda das penas, sendo importante que neste período as aves comam vegetais, para apurar a sua bonita cor, principalmente nos de factor amarelo e vermelho. Quando a muda terminar, a alimentação deixa de ter influência nas substâncias lipocrómicas. A substância lipocrómica (cor - base) é amarela no canário verde. Uma mutação faz com que esta substância se torne numa cor base branca, da qual os canários acinzentados, assim como brancos ou em parte brancos, provêm. A mesma mutação, que permitiu a cor base amarela transformar-se em branca, pode ser transferida, através de cruzamentos, para outras mutações, dando canários castanhos, ágata e isabel.
Uma terceira cor é a vermelha, mas contráriamente ao que acontece com a branca, não é conseguida através de mutação, mas sim, por hibridação com cardeal vermelho (Spinus cucullatus) da Colômbia e Venezuela. Este cruzamento teve como finalidade obter um canário vermelho, o que até certo ponto foi conseguido.
As cores escuras, ou melánicas, têm influencia não só no padrão (riscas), nomeadamente das penas das asas e da cauda, mas também na cor base. Ao contrário do que acontece com as lipocrómicas, a alimentação não exerce influência sobre as melánicas. O branco da cauda, assim como partículas amarelas nas penas menores, aparecem através de mutações. A escolha destas aves coloridas, permitiu o surgimento dos canários matizados de amarelo e amarelos lisos. Nos canários coloridos, as melaninas não se espalham regularmente por toda a plumagem, mas sim em partes definidas: como a cabeça; à volta dos olhos; peito; lados; dorso; pescoço e penas exteriores da cauda.
No interior da sua plumagem existem muitas variações que vão desde o verde com uma ou apenas algumas penas de cor clara até ao amarelo liso com apenas algumas penas escuras.
Existe ainda um factor muito raro: factor óptico "azul" – que tem influência nas células das penas. Ele transforma a cor amarela em amarelo – limão, com um brilho esverdeado, cinzento – ardósia para azul metálico, e faz com que os pássaros vermelhos tenham uma cor mais intensa. Na cor amarela, podem-se constatar duas variantes, provocadas por diferentes estruturas de penas. Uma delas é amarelo vivo, e outra amarelo claro. Actualmente a estas diferenças chama-se respectivamente intensa e nevada. Os pássaros de cor intensa são aparentemente menores e mais elegantes, devendo-se ao facto da plumagem ser mais fina e menos cerrada do que nos pássaros de cor nevada. Nestes, as penas são largas e a cor base não chega a atingir as pontas das penas. Nos pássaros de factores amarelo e vermelho, as pontas das penas são brancas, o que faz parecer que a plumagem está salpicada de
geada. Esta estrutura de penas, também se encontra em todas as outras cores, mas é mais visível nos pássaros de cor base amarela ou vermelha. Nos pássaros nevados de cor verde, as pontas das penas são cinzentas. Nos de cor base branca, é mais difícil diferenciar intensos e nevados.
Uma terceira cor lipocrómica, chamada mosaico, aparece mais realçada nos pássaros de factor amarelo ou vermelho. Nos pássaros mosaico, a plumagem é amarela/vermelha – esbranquiçada, mas com uma base amarela/vermelha mais intensa no ângulo dos olhos, peito, ombros e uropígio.
Esta cor aparece com maior expressão nos machos. Este padrão mosaico também se encontra noutras cores, embora não sendo tão notórias.
As de tons pretos são eumelaninas.
As de tons castanhos são phaeomelaninas.
Comparando com o pássaro domesticado, o canário silvestre tem igualmente riscas ao longo do corpo, pretas acinzentadas e acastanhadas.

Nos canários silvestres é mais evidente a diferença entre sexos. As cores são definidas por dois grupos:
Cores lipocrómicas
Cores melanicas
As lipocrómicas provêem dos carotenóides das plantas verdes. As aves absorvem estas substâncias na alimentação e o organismo transforma-as em cores lipocrómicas, transportadas pelo sangue até às penas. Somente se verifica durante a muda das penas, sendo importante que neste período as aves comam vegetais, para apurar a sua bonita cor, principalmente nos de factor amarelo e vermelho. Quando a muda terminar, a alimentação deixa de ter influência nas substâncias lipocrómicas. A substância lipocrómica (cor - base) é amarela no canário verde. Uma mutação faz com que esta substância se torne numa cor base branca, da qual os canários acinzentados, assim como brancos ou em parte brancos, provêm. A mesma mutação, que permitiu a cor base amarela transformar-se em branca, pode ser transferida, através de cruzamentos, para outras mutações, dando canários castanhos, ágata e isabel.
Uma terceira cor é a vermelha, mas contráriamente ao que acontece com a branca, não é conseguida através de mutação, mas sim, por hibridação com cardeal vermelho (Spinus cucullatus) da Colômbia e Venezuela. Este cruzamento teve como finalidade obter um canário vermelho, o que até certo ponto foi conseguido.

As cores escuras, ou melánicas, têm influencia não só no padrão (riscas), nomeadamente das penas das asas e da cauda, mas também na cor base. Ao contrário do que acontece com as lipocrómicas, a alimentação não exerce influência sobre as melánicas. O branco da cauda, assim como partículas amarelas nas penas menores, aparecem através de mutações. A escolha destas aves coloridas, permitiu o surgimento dos canários matizados de amarelo e amarelos lisos. Nos canários coloridos, as melaninas não se espalham regularmente por toda a plumagem, mas sim em partes definidas: como a cabeça; à volta dos olhos; peito; lados; dorso; pescoço e penas exteriores da cauda.
No interior da sua plumagem existem muitas variações que vão desde o verde com uma ou apenas algumas penas de cor clara até ao amarelo liso com apenas algumas penas escuras.
Existe ainda um factor muito raro: factor óptico "azul" – que tem influência nas células das penas. Ele transforma a cor amarela em amarelo – limão, com um brilho esverdeado, cinzento – ardósia para azul metálico, e faz com que os pássaros vermelhos tenham uma cor mais intensa. Na cor amarela, podem-se constatar duas variantes, provocadas por diferentes estruturas de penas. Uma delas é amarelo vivo, e outra amarelo claro. Actualmente a estas diferenças chama-se respectivamente intensa e nevada. Os pássaros de cor intensa são aparentemente menores e mais elegantes, devendo-se ao facto da plumagem ser mais fina e menos cerrada do que nos pássaros de cor nevada. Nestes, as penas são largas e a cor base não chega a atingir as pontas das penas. Nos pássaros de factores amarelo e vermelho, as pontas das penas são brancas, o que faz parecer que a plumagem está salpicada de

Uma terceira cor lipocrómica, chamada mosaico, aparece mais realçada nos pássaros de factor amarelo ou vermelho. Nos pássaros mosaico, a plumagem é amarela/vermelha – esbranquiçada, mas com uma base amarela/vermelha mais intensa no ângulo dos olhos, peito, ombros e uropígio.
Esta cor aparece com maior expressão nos machos. Este padrão mosaico também se encontra noutras cores, embora não sendo tão notórias.
Ricardo Ferreira